domingo, 21 de fevereiro de 2016

Circo nº1 (parte 2 - final)




A primeira HQ desta postagem é "O Homem do Telefone", de J.P. Dionnet e F. Margerin.
A história contada pela dupla francesa é de um homem, relativamente humilde (em termos de comportamento), que tem um "super poder", um telefone (fixo) que carrega dentro de sua valise e lhe permite entrar em contato com as mais diversas autoridades e resolver problemas cotidianos das pessoas que o cerca. Numa crítica ao "jeitinho", ou, sem eufemismo, à corrupção. O problema é que a fama dele cresce tão rápido (e é explorada pelo sr. Combasso), que conseguir um de seus favores passa a ser um dos problemas cotidianos que ele resolveria e, é aí que aparece um segundo "O Homem do Telefone".
Quando li, pensei imediatamente em gente que fura fila ou anda (com veículo automotor) pelo acostamento. Será que algum dia teremos a fila dos furadores de fila para ser furada? Ou um acostamento para que os mais apressados que os apressados possam se apressar mais ainda.


Depois mais uma HQ que é uma crítica política. De Glauco e Laerte, "Vota Brasil" é uma crítica à propaganda eleitoral (e às escolhas feitas pelos eleitores). Machadão, o candidato é exposto pelo motorista do carro que faz propaganda cansado das ações do candidato.




A penúltima HQ, de Luiz Gê, é FUTBOIL (Fenomenozinho Urbano Tipicamente Brasileiro Observado In Loco) e sobre a interrupção de diversas atividades (entre elas uma partida de futebol) para a caça a um balão de São João.


Por fim, a HQ que fecha a revista é "Sax Blues", com roteiro de Peter Smith e do famoso artista italiano 'Tanino' Liberatore. É sobre um saxofonista que se envolve com a mulher do patrão.
Personagens de Sax Blues

A revista conta ainda com ilustrações Tardi, Ronald Searle, Wallace Wood, Steinberg, Schuitten, Crumb, Bouco e Crespin, "largadas" no meio da revista. São ilustrações, creio eu, que fazem parte de histórias completas.

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