domingo, 17 de janeiro de 2016

Um Sinal do Espaço - Jim Bludd

Um sinal do Espaço - Ed. Abril, 1991(?)
Um Sinal do Espaço, é uma história que mistura ficção científica com crítica política. Foi escrita e desenhada por um dos mais venerados autores de HQ, Will Eisner.

Aqui no Brasil a história foi publicada pela Editora Abril (em 1991?) como o quinto volume da coleção "Graphic Album".

O herói da história é um astrofísico/detetive chamado Jim Bludd, que é envolvido num complicado caso de espionagem internacional, quando dois astrofísicos percebem um sinal, vindo do espaço, que indica a existência de vida inteligente.



Os sinais provocam reações diferentes em muitas pessoas, há um sentimento religioso que é canalizado na criação de um grupo chamado "O Povo da Estrela", que tem como objetivo alcançar o novo planeta. E, claro, há quem queira lucrar com essa "onda", como a "Corporação Multinacional", que deseja uma competição enter EUA e União Soviética (quando a história foi escrita, ela ainda existia), para aumentar os gastos do governo e, assim, os lucros das empresas privadas.





Aproveitando o interesse (e o dinheiro envolvido) na viagem interplanetária, um grupo de cientistas desenvolve um ser híbrido. Uma planta com células humanas, que seria capaz de sobreviver mais facilmente durante o percurso entre a Terra e outro planeta qualquer. Enquanto isso Bludd vai à Berlim e Moscou, para recuperar dados científicos.


Sidiami, um país africano endividado declara-se colônia do planeta Bernard, enquanto a máfia procura por um assassino chamado Vito Lupo
No decorrer dos acontecimentos, o presidente dos EUA tenta barrar as intenções da "Multi", que conta com a ajuda de um senador não nomeado e do procurador (?) Grayson.


A Multi, para garantir seus interesse, apoia a candidatura de um de Dexter Milgate (que parece com Richard Nixon (que perdeu o mandato devido ao escândalo conhecido como Watergate). Por outro lado há um grupo de intelectuais reunido no "Grupo de ação mundial da irmandade interplanetária", que tenta fazer com que o contato com outros planetas não sejam dominados por um único país.
Bludd acaba conhecendo o matador de aluguel, Rocco Stiletto.


Macready consegue "dobrar" o presidente e abandona o projeto de reeleger Milgate, que então se associa à máfia.


Nos dois últimos capítulos, "O grande golpe" e "O último capítulo", não há novos personagens relevantes. Aparece apenas o filho de Macready, Howard e um atirador sem nome.

Com toda certeza, eu recomendo. Muito mais pela critica política do que pelo aspecto da ficção científica (que de qualquer forma aparece apenas teorizada).

Referências:
Estrela Bernard - em cuja orbita estaria o planeta que emitiu sinais.
Propulsão iônica - desenvolvida pela Corporação Multinacional para enviar sondas ao espaço.
Fundação Gort - usada como caixa 2 pela Corporação Multinacional.
Senador Blitz - do comitê das forças armadas e agente da "Multi" no congresso.
Sidiami - País africano que se declara colônia do Planeta Bernard.
Guarda chuva búlgaro - artefato criado durante a guerra fria, usado para envenenar dissidentes (existiu de verdade e aparece na HQ).

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